18.12.13

estranha vazia

acordou atordoada:
abafada e seca. ôca. sem sentido.

como se qualquer sentimento fosse inexistente
não conseguia abraçar nem ficar mais parada
sai andando sem explicar o que passa em sua mente
discussões pela metade
ela sempre está precisando voltar, mesmo sabendo que o melhor era esperar, prolongar a distância do sofrimento.

não sabe decidir aonde ir. mas seguia o seu caminho intuitivo.
deixou o amor ir embora novamente.
olhou pra trás, segurou o choro, o sorriso, virou o rosto.
voltou para buscá-lo: ele já foi. entrou no primeiro trem e sumiu.

dizem que quando a sua casa é incômoda, seja como for, já é o único e o maior motivo para querer fugir.
o lar parece inseguro. o tanto parece apenas acúmulo inútil.

é desajeitada, engraçada, sem noção. sem razão.
perde os assuntos, invade conversas inventadas e saí no meio da roda sem se despedir.
odeia tarefas domésticas.

a porta escancarada, trancou-se.
faz por obrigação.
está dolorida por dentro mesmo sem nada dizer.

a esperança está na paciência. reticência eterna.
inacabada,
está.

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