PROSA CAMBIANTE

volta palavras,
me diz, conversa-te comigo!
fala o in-consciente.
o passar dos dias, noites, contagens...
falta pouco, ou ainda muito, o incerto.

volta inspiração,
criar o que antes se escondia.
mostra-me o caminho!
daquela intuição bagunçada,
em meio ao barulho alheio.

volta silêncio,
tranquilidade perante o caos,
vívida naquele viver pacato.
tanto repetir que te torna realidade.
do acontecimento - aprendizado.

volta estudo,
o conhecer mais informações, pessoas.
dar-te rumo ao trabalho, ofício.
é preciso acreditar que vai chegar. além.
nessa mistura de não-rimas, seguiremos.

voltei, disse à poesia.
confiante ao menos por agora.
enquanto te escrevo.
feito anjo que perpassa o invisível.
tocou o sinal do coração esquecido.

s.o.s saudades

daquilo que o sentir diz,
dizem que o que é bom também dói.
de alguma forma, quando está longe, quando este já não pode voltar.
decidi ficar aqui, distante, em outro estado de mim, distância terrena.

escolhas nossas,
estou sentimental meu pai, quando lembro de ti.
em como o senhor poderia estar ao meu lado novamente, ou somente me dar a mão.

sabe, estou aprendendo, me virando bem sozinha sim.
acompanhada, amada, mas ainda um pouco desorientada as vezes.
sei que mesmo sorrindo assim, é onde as lágrimas meio tímidas se escondem,
no equilíbrio desequilibrado estamos, confesso.
está tudo bem, acredito.

pedimos força, coragem por mais um dia a seguir.
partimos sem querer, cada um no lugar aonde deveria estar.
por mais respiros, calmaria para sobreviver... quando preciso, correria.

já faço dessas palavras sem sentido feito as marcas do meu braço digitando,
gestos, letras parecidas, estava com saudades de desabafos, deve ser isso.
então, me despeço por aqui, sem mais delongas, com o coração um pouco mais leve.
me vou.

aleatoriedades sinceras

ah, fazia tempo que não aparecia por aqui sem nada pensar.
na verdade, nada programar.
sem ser tipo um texto já pre-editado ou copiado.
apenas pensamentos e devaneios soltos, estão aqui.
por onde começar, todos falam, mas a questão é: por onde continuar.
estou numa fase assim, nova, a reviver como voltar alguns passos para subir os degraus novamente.
sabe, é difícil, muitas vezes quis desabafar sobre o que sinto,
sobre o momento que passo psicologicamente falando,sobre este lado bipolar que nem eu entendo, mas controlo, estou cada vez mais calma. aceitações.
tudo são rótulos, que nos ajudam de alguma forma a nos salvar. constantemente, cotidianamente.
por algum motivo quis registrar estes escritos meio tortos. que precisam se reestruturar.
mas existem, coexistem. espero, conseguir passar esses tempos cada vez mais segura e presente de mim, com paciência, preenchimentos, postura. são lembranças. consciências.