14.2.14

cabeça pulsante,
aquele sentir dolorido frente aos olhos.
mais uma semana se passando lenta porém rapidamente, quando assustadoramente entediante.
contradição que é vista poéticamente - confusa - sim, aceite as estranhezas se quiser ficar comigo/

as fotos se revelam aleatóriamente, num papel fosco e colorido...
na realidade dos fatos, a teimosia sua se completa com a minha, nua.
permanecemos juntos, somos um todo pela parte. por toda parte.
os outros somem como o previsto: vem, vamos conversar, e no fim da conversa, nos amar novamente.
rua. quarto. silêncio pela madrugada.
as frases parecem quase não se acertar. escrevo:
a vontade ainda é a melhor das leis, nem que seja não mais fazer nada.
vamos embora. preciso ir. ainda sinto calor.
quero finalmente me decidir, qual tema aprofundar. . . o intuito já é falar de menos, para facilitar.

a poesia falada: mais parece um teatro desesesperador. o grito rápido, ríspido, faz adormecer ao invés de acordar: a platéia, que não muda. palavras embaralhadas, o que restam, são palmas, abafadas. a abertura libertadora? é falha.
é escolhida a dedo. com pressa, o improviso ansioso ganhou da calmaria - minoria que permanece sentada ao chão. na espera de chegar a sua vez, seu espaço. pularam o teu nome. pois é, quem sabe de nada adianta ficar olhando, contemplando risos falsos. entristeço ao sentir-me impotente perante a situação. canso de dar conselhos para a parede fria. são tantos detalhes alheios, desvios, noticias negativas... empoeirando as bancas de revista.

o jeito é descansar e aos poucos fazer o que se é preciso. as oportunidades podem parecer importantes, urgentes.
mas não, vá com calma antes que tropece em meio ao marulho de gente.
uns mais cedo, paciência. acordemos em quaisquer viagem, faça suas malas. confie,
mas sem colocar dentro dela muita coisa pesada, dessa vez. quanto mais leve levar, o vôo será mais flúido no ar.

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