alguém diz que te ama.
enfrentaria o mundo pra te encontrar.
e te faz esperar.
esperar.
áspero ar.
na realidade, esperar é o que quase todos fazem.
se influenciam pelo bom momento passageiro, tudo que temos.
esperam por um futuro melhor.
espera que o 'melhor' o faça acreditar, ou desacreditar em alguma crença, ilusão dessa tal espera.
que adianta esperar, todo esse tempo passar, se a revolução não mais existe, a não ser a tecnológica.
olha... cada vez acredito mais que a cegueira está contaminando os homens, mulheres, e os animais, coitados, são puros reféns das atrocidades que nem nós mesmos conseguimos explicar.
e a pergunta fica no ar, perdida, voando na poluição escura, sem nada enxergar.
como poder enfim ajudar?
se ajudar as vezes só aumenta a acomodação, vulgarmente chamado de preguiça.
adicionando ainda mais a desigualdade que existe de um para o outro.
infelizmente, sejamos sinceros, a igualdade é opaca. nem em um relacionamento teoricamente duradouro conseguimos enxergar através, confiar plenamente. o que dirá de um desconhecido, um necessitado, um vivente desesperado, por uma simples ajuda...
já me perco em minhas próprias palavras... o caminho é então procurar a mim. seguindo instintos e vontades a quem queira compartilha-las comigo. egoismo? não sei certamente, hoje em dia, se não pensarmos em nossos próprios pés, nos derrubam facilmente, e andamos com as pernas de outros, sem perceber.
espere, me desculpa. eu nem o conheço, mesmo convivendo tantos anos contigo. saiba, me preocupo tanto quanto a mim mesma, as vezes mais que isso. as vezes esqueço até de mim... e carrego o peso desse mundo em meus endurecidos ombros. pode se apoiar se quiser.
ah, isso era pra ter vindo aqui, dia 13 de maio:
ResponderExcluir"O Blogger não está disponível no momento"
...diz o blogger na área para deixar comentários.
Ou melhor, Blogger, a inicial maiúscula com que se refere a si mesmo o robô, já assumindo uma personalidade.
Enfim, até a revolução tecnológica nos falha, quem sabe de tão humana.
A cegueira é o acreditar. Até mesmo o acreditar em desacreditar.
Não há categorias no amor.
E sem o que conhecer ou desconhecer.
Apenas reconhecemos.
Uma espera que acaba em nós mesmos, não em outro.
Porque amar é reconhecer que não há.
Que estamos sós.
E a partir disso cuidarmos uns dos outros.
Para dar um sentido que transcenda nossa solidão.
Não porque há um sentido a ser entregue, não há nada ali.
A não ser o vazio para criá-lo.
Um sentido. Uma história. Uma memória.
Uma vida. Uma metáfora. Um poema.
Mandar um e-mail.
Para um destino incerto.
Respirar fundo o ar pesado e áspero.
Por aquilo que nos faz sentir.
E reter esse sentimento.
Até exalar uma reação.
Num grito.
Criação!