18.4.11

poema sujo

me passe a limpo,
lave e me leve.
escorre em meus erros.
eleve minhas verdades,
das saudades tolas que não tive.
feito telas e velas secas,
que precisam renascer.
dar um sentido incomum,
na profundidade de suas entranhas,
estranhos ácos.
no eco fundo...
passou.
passar bem.

Um comentário:

  1. Estranhos ácidos sobem,
    atravessam minha goela,
    jorram memórias ruminadas
    do fundo de uma panela

    Corro à porcelana imunda
    e logo envolvo-a num abraço,
    aos lábios um gosto de cú
    que não distenderá seu laço

    Parecem beijos gemidos
    contra meu reflexo n'água
    que a bílis turva e rança:
    passando mal, o mal se passa

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