o turquesa brilhante do seu esmalte parecia já fazer parte de sua pele.
combinava com aquela despojada mistura fora dela.
é desconhecida e mágica. feito uma pequena fada que desacordou depois de um caos afrodisíaco.
repetições, coincidências, correlações e contradições.
são des-novidades: planos para mais um ano que termina. re-começo.
são rimas feitas de amor. tão chato e tão intenso. já sabe de cór sua cromaticidade.
(...)
faz frio. vento suave e lento. fogo interior.
sinto falta do teu corpo fugídio. cansei, de arrepender-me.
loucuras tão puras. precisei do pecado para curar minha sanidade, ao som suado e des-prezado. tumultuado, reconhecido. foi só um momento. me desmonto e me re-conheço ao olhar des-conhecido dos outros.
agora sei: preciso e quero-te. quero te moldar em mim, em uma fôrma de biscoito que esquentei por dentro.
é um teatro. um desleixo. um desabafo. um prazer, um cheiro.
o vinho. venho. vem, nos unimos em um.
ele repete tantos erros, os papéis mudam de lugar.
me sinto esperando. ao mesmo tempo vivendo o instante eletrizante. por mais que farta, esforço a concentrar-me. desconcerto e re-animo-me:
deformo. defeito. desespero desfeito. desfaço, feito brincadeira.
melancolia em forma de cólica me dói. me completo. acalme minh'alma. feiticeira.
estou bem. plenamente feliz porém confusa como sempre. acho que sei do que gosto. desgostos:
revirando meu estômago com tantos sentires, abrires. quereres, respire: dentro do meu ouvido...
ah, demora... até que de repente tudo passa simultâneamente: um avião barulhento, enorme.
furando nuvens e prédios, logo desaparecendo enfim.
"pra onde vamos agora?"
saio correndo. depois seguro tuas mãos de novo. não quero soltar.
te imploro pra dormir comigo. tão estranho... a-normalidades.
informações desinformadas. depois discutimos sobre isso.
saiba que a solitude é plena. repito. a madrugada silenciosa me faz pensar nesses lirismos.
pessoa. companheirismo é algo raro. aquele que persiste apesar da dor eterna.
rimos feito crianças aprendendo a contar uma piada nova. risadas altas.
destino: multimeios que se encontram. encaixes. curvas. descanso.
o importante é estar. criar. ser. somos dois. um. ninguém.
então este se abre pra mim novamente. solta sua mente.
confessa seus medos.
entrou na minha história de outra maneira, mesmo já sendo algo tão antigo...
me entende e compreende, nem quero mais falar dos meus deslizes também.
quero te contar coisas diversas. conversas diferentes. dimensões (im)possíveis.
diversões cotidianas. dinamite explodindo pela tua boca."o que é arte pra você?"
escorrego em meus próprios pés. mas continuo sentada, na platéia. aplaudindo com os olhos pesados.
e o coração palpitando, ansioso... um bicho inofensivo querendo viver.
gostosa sensação ruidosa. levanto. leveza indefinível. objetos multifacetados.
finalizo como se estivesse re-organizando as minhas linhas biográficas.
apenas um projeto. processo. protesto. provocações incessantes...
a fruta está mais madura. venha sentir sua aparência, textura colorida.
(in)definida. me defino grossamente, jogada na sinceridade musicada. natureza infinita.
diz: sim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário