3.9.10

desabafe-se

quem foi que disse que pra estar completo deve se estar seguro?
que estar amando é estar calmo e plenamente decidido. creio que não.
erre, caia. aprenda.
estar centrado é guardar sentimentos ao invés de jogá-los aos ventos, aos momentos?
apesar da multidão acelerada, perdida, elétrica, sorridente e distante,
alegra-se no fundo de sua imcompreensão.
ser otimista difere-se de ser ingênuo, hipócrita. acorda! fraqueza.
mudou o rumo. testou.
questiona como seres submetem-se ao ridiculo, ao comando alheio e robotizado.
que "glamour" é este que dizem e tanto afirmam buscar?
mas a vida apenas começou a se encaixar... talvez faltam muitas peças para serem encontradas. ou talvez a humanidade faz questão de deixá-las esquecidas, deixa-las encrustadas na superfície transparente, onde todos pisam, indiferentes. deixam também de enxergar a sua sensibilidade.
a justiça está as avessas, escondem e transparecem o esperado,
o conforto entortado.
paciência, incompetência. os atos são pagos por outros, normalmente por desafortunados.
(...)
nasce uma fome insaciável por cultura infinita... esquece o que é ter saudade. conversa, concorda. a beleza da renovação faz tolerar-se o inaceitável,
para criar soluções melhores, mais coloridas,
mais verdadeiras quando feitas com o coração.
fala demais.
ainda há tempo, espere...apenas quer.
o cansaço é somente físico então.
vai de encontro de seu ninho, mesmo que sozinho, aconchega-se.
mais um tempo para decisões, enfrentamentos, curtições, continuações, conhecimentos...
porque ninguém sai impune desta batalha.
admira pois... os poucos que levemente voam,
aqueles que deixam de lado o próprio orgulho.
falha, raro, fogo aceso feito palha.
aquece, desmancha, encendeia, pensativa permanece. atordoa.
plenitude, ela diz. concretude.
do tanto fez-se encanto, uma força que precisa resplandecer adiante, constante, radiante, tocante, cambiante.
deveria organizar tais contos, tais rimas, tal aperto para algo maior,
algo de reconhecimento, retorno crescente.
assim,
momentâneamente sorri por dentro: é quando sente-se feliz de fato,
sem nada dizer.
sonhando no onírico porém tão real, feito um eterno instante.
balançando assim nas sombras e nas luzes,
dos objetos detalhados, dos seres inquietos, e daqueles já estagnados.
olhares de uma criança a se questionar. de uma indignação jovem, ou adulta. antiga.
nos andares e nas paisagens conhecidas, reconhecidas, desconhecidas...
miragens tornando-se meras e mais novas lembranças.

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