3.11.09

a desconhecida e os duendes da vida


deixe-me. desculpe...
não quero fazer-te sofrer mais do que mim mesma.

do que adianta uma chave? liberdade. se não tem mais para onde ir.
você entra em sua própria casa, vazia, e o único que notou sua presença quieta foi um olhar canino. é, mesmo assim alguém apareceu com um sorriso, o mesmo de sempre familiar, tudo bem, ela sorri de volta como se nada estivesse a incomodando.
sei que está, pra variar, um pouco atrasada, precisava escrever.
passa em uma pequena igreja para ver se recarregava suas simples energias consumidas, pisadas, e pessimistas sem saber mais o porque. depois, sente estranha e ao mesmo tempo mais leve, volta com um nó na garganta porém feliz com sua alma solitária.
podia pegar uma carona, mas prefere caminhar no fim de tarde abafado, uma paisagem mesmo que já conhecidas, a faz sentir-se ativa.

vê em sua cara faculdade, um filme que mexeu (ainda mais) com sua sensibilidade melancólica, porém, por um bom lado bom, percebeu que existem muitos destes parecidos e também isolados por seu país, que não conseguem se encaixar no real com outros também, que similares a você, querem uma compania que os complete.
e que de acordo com o diretor iniciante, que foi lá estudante de cinema, escolheu e penetrou na vida de cada personagem real, tornando-o ficticio, mas que mesmo distante do mundo "moderno"como são paulo, exercitam e afloram seus sentimentos naturalmente, seja com a mente, o corpo e a câmera; e o computador, talvez, é a mais fácil e infinita forma para se perder, guardar e se esquecer.
é.. e mais uma vez, virtualmente falando ou não, fica por isso mesmo enfim.
expressos e perdidos por aí.


bom, tenho que ir, para um curso como um tal pretexto de futuro, francês.
quem dera, quem sabe meu destino seja mesmo longe desse continente mesmo e eu não sei. ou sei?

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