ela disse que o quase já pode ser diferente,
mas continua igual de alguma forma.
na pressa
na véspera
na música
frequências
mais concentração
mais uma semana
mais um último dia
des gosto.
31.8.17
28.5.17
somos fragmentos surreais
olhos já embaçados, continua acordada mesmo assim,
contínua feito fugitiva de si mesma...
sim, somos fragmentados:
partes de um todo partido,
captamos de nossas antigas origens,
mistura de genética, hormônio, histórias...
rótulos e gêneros só nos confundem. nem mulher, nem mesmo homem. dois em um. tanto faz.
dividimos tudo em tipos, cores, tamanhos, julgamentos. invenções nos afastam, em lojas de roupas, objetos, departamentos. uma ferida escondida por detrás da maquiagem.
inevitavelmente, apesar dos órgãos, somos seres complicados, misturados, miscigenados.
com a sensibilidade percebemos as marcas de outras vidas.
com a vivencia percebemos que somos na verdade as mesmas pessoas, por vezes em corpos diferentes. já as radiografias de seus ossos são todas parecidas.
já se vai mais uma noite insone. dia cheio de trabalho, de gente cansativa, barulhenta.
muita coisa junta e desigual no mesmo lugar.
a falta de sentido é tão imensa que passa a ser instigante, pois o muito que se passa na tela, na frente, na pele, são estímulos, sensações, criações que nos fazem repensar a todo instante. aqui dentro e lá fora, agora, só amanhã. vou indo pois a fome me faz lembrar que preciso, ir embora.
contínua feito fugitiva de si mesma...
sim, somos fragmentados:
partes de um todo partido,
captamos de nossas antigas origens,
mistura de genética, hormônio, histórias...
rótulos e gêneros só nos confundem. nem mulher, nem mesmo homem. dois em um. tanto faz.
dividimos tudo em tipos, cores, tamanhos, julgamentos. invenções nos afastam, em lojas de roupas, objetos, departamentos. uma ferida escondida por detrás da maquiagem.
inevitavelmente, apesar dos órgãos, somos seres complicados, misturados, miscigenados.
com a sensibilidade percebemos as marcas de outras vidas.
com a vivencia percebemos que somos na verdade as mesmas pessoas, por vezes em corpos diferentes. já as radiografias de seus ossos são todas parecidas.
já se vai mais uma noite insone. dia cheio de trabalho, de gente cansativa, barulhenta.
muita coisa junta e desigual no mesmo lugar.
a falta de sentido é tão imensa que passa a ser instigante, pois o muito que se passa na tela, na frente, na pele, são estímulos, sensações, criações que nos fazem repensar a todo instante. aqui dentro e lá fora, agora, só amanhã. vou indo pois a fome me faz lembrar que preciso, ir embora.
20.2.17
sobre passagens e lugares em comum - improviso-
passou.
o ano, os meses, e daí? pouco importa, diz a consciência.
sim, já não quero saber se é domingo ou sexta-feira,
todo dia, é a vontade mútua que se faz existir.
pessoas, passos, personagens.
o antigo texto digitado:
rascunhos escondidos em pastas invisíveis, pessoais,
é sua a opção de torná-los públicos ou não.
prefiro que fiquem esquivados. arquivados.
são trechos meio esburacados. fora de ordem mental.
vamos lá, ao fato-foco:
estou a repensar nessa sensação da essência presente,
a tentar acreditar no novo sentir
no esperar da passagem do barco
até voltar a beira novamente.
perceber pequenos pulsares.
caminho em ruas familiares. comigo ou contigo, tanto faz.
cidade antiga, tão cheia de gente parecida...
sempre gostei de igrejas vazias.
o pedido parece mais seu, mais só.
o eco ecoa dentro de seu pensamento, mesmo sem querer nada pedir.
mas dessa vez, passei em frente, fiz um leve aceno,
sinal da cruz.
estava sem culpa alguma, sem mágoa ou pesar.
apenas observei o movimento, ouvindo cantos de aleluia ao fundo.
continuei a caminhar, naquele típico fim de tarde abafado, sem sentido.
agradecida por estar, viva. fugaz.
o querer, o ficar, permaneço.
você é muito, ele diz.
ah, pára, o tanto pouco que tu és,
estamos sendo.
tecemos os mesmos lençóis amarelados,
entre cheiros, chances, aceito.
já amanhece, anoitece,
acontece que...
já não tenho melhores palavras,
explico assim meio sem jeito mesmo, intuitiva,
me despeço dessa eterna dúvida.
o fim sempre foi recomeço.
o ano, os meses, e daí? pouco importa, diz a consciência.
sim, já não quero saber se é domingo ou sexta-feira,
todo dia, é a vontade mútua que se faz existir.
pessoas, passos, personagens.
o antigo texto digitado:
rascunhos escondidos em pastas invisíveis, pessoais,
é sua a opção de torná-los públicos ou não.
prefiro que fiquem esquivados. arquivados.
são trechos meio esburacados. fora de ordem mental.
vamos lá, ao fato-foco:
estou a repensar nessa sensação da essência presente,
a tentar acreditar no novo sentir
no esperar da passagem do barco
até voltar a beira novamente.
perceber pequenos pulsares.
caminho em ruas familiares. comigo ou contigo, tanto faz.
cidade antiga, tão cheia de gente parecida...
sempre gostei de igrejas vazias.
o pedido parece mais seu, mais só.
o eco ecoa dentro de seu pensamento, mesmo sem querer nada pedir.
mas dessa vez, passei em frente, fiz um leve aceno,
sinal da cruz.
estava sem culpa alguma, sem mágoa ou pesar.
apenas observei o movimento, ouvindo cantos de aleluia ao fundo.
continuei a caminhar, naquele típico fim de tarde abafado, sem sentido.
agradecida por estar, viva. fugaz.
o querer, o ficar, permaneço.
você é muito, ele diz.
ah, pára, o tanto pouco que tu és,
estamos sendo.
tecemos os mesmos lençóis amarelados,
entre cheiros, chances, aceito.
já amanhece, anoitece,
acontece que...
já não tenho melhores palavras,
explico assim meio sem jeito mesmo, intuitiva,
me despeço dessa eterna dúvida.
o fim sempre foi recomeço.
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