31.1.13

des-ritmar


 somos momentos embaralhados...
se recordam.
nos refaz.
cada um resgata um pouco,
um todo quando junto,
somos grupos separados,
que nos interligam em um.
em uma: colcha de retalhos.

28.1.13

a cor de um domingo

o gosto do silêncio agudo:
qual a diferença entre solitude e solidão, pensou.
na insignificância defronte o apartamento, inútil imensidão.

um imóvel nebuloso, nublado, esvaziado.
na preguiça espreguiçada, pesou.

aguardando na inocência
do velho e sincero relacionamento
dormindo permanece o resto do dia
agonia em forma de sorriso
[...]
percebe que de tudo se afastou
está em modo de espera
afirmações de um lento mês:
já passou sua hora de ir,
vá embora.

22.1.13

imagens ao devir

intento que esvai e revolta.
deveria, deveras. excremento.
que devora: que dentro remoe-se.
demóle feito folha seca no cimento.
anda avoada. amassada. fugídia.
caminha no meio ao esquecimento...
esquece o que ia dizer
esqueceu o que passou
arrependeu por pouco
novamente é:
atropelada em palavras-pensamento.
deixou morrer.



escorrer.
para secar com o tempo.
corrosão.

na prática,
somos geradores. campos de energias.
refletida-usada-submetida-trabalhada
.
 .
   .
ação!

7.1.13

-segura-
se-
solte.

.
os nós.
.

até onde vai nosso limite
da loucura, demencia que tortura
soltura

:


pois quando molhar-se em águas cristalinas...
reavivar seu corpo em movimento que ardia,
subirá em colinas para demonstrar o seu momento.
mistura tardia chamada maturidade,
naturalidade que irradia.