28.11.11

sonora paisagem urbana

o alto som da rua se misturou com a sutil música
que ouvia em seu quarto, quase que na mesma melodia e no mesmo ritmo,
rápido e atordoante.
feito qualquer final de ano conturbado.
crises em todos os sentidos em várias partes do mundo. pois é.

prefere a áspera areia sincera, real e mesmo assim efêmera.
do que o tecido macio e confortável da mentira aveludada, maquiada, enrolada pelo tempo.

por mais que descansando algumas vezes, tudo isso ainda continua bem dolorido.
a surrealidade fascina feita uma realidade, dita como verdade.
o sentimento embaralhado. posto contra uma parede, de vidro. sensivel. que seja então transparente.

o gesto e a fala se confundem com a palavra, o pensamento.
misturas. novamente. se sente um pouco mais madura,
porém ainda não apodrecida.
o invisivel pode sim ser palpável,
mas, quer a concretude.
hoje e futuramente.

5.11.11

passageira

acorda com frio de manhã, a tarde um calor infernal.
barulho desgastante por todos os lados.
dormiu por cansaço.
já passou.
tenta explicar um trabalho.
se enerva e se intimida com os demais engajados, olhando e esperando que tudo fosse impecável, é, não foi, paciencia. muito estudo, muito espera, e pouco conseguiu transpor.
pensa que devia ser mais descontraida, honesta naquele momento, ah, devia parar de pensar o que tanto deveria, e objetivar!
são aprendizados a cada passo. a apoiam apesar de estar planando no nada.
depois de tanto suor, descansou.
mudou de roupa, muda o tempo denovo.
acorda a noite, ventania silenciosa.
pensando o que deveria ter feito. e fez tudo diferente, novamente. desaba, desabafa.
se influencia com o clima. contraste. pendências, remoe-se.
a inconstância quase sempre está ao seu lado, confessa.
ao menos, foi.
é.

1.11.11

um a

assim
se perdia
tanto
que só encontrava
a si.